Queria poder olhar
em seus olhos,
te contar tudo o que
vivi.
Enfrentar o mundo
solitariamente...
submergido dentre
esse meu poço de anseios sem fim,
e mesmo assim
olhar a diante
de pé...
Ainda soltar um leve riso
breve visgo
que te acolhe,
nessa minha vontade, de morrer...
Olhar em seus olhos
saborear a nova descoberta
de sentir seu verdadeiro ser.
Sinta o toque dessas mãos frias,
um pouco sem vida,
em sua alma incandescente, agora.
Ah, como eu queria
que esse calor abrasador
abrandasse pouco a pouco
esse meu coração, meio morto.
Eu queria te levar comigo
mas tenho pouco abrigo.
E tudo o que tenho
é tudo o que sinto.
Se torne agora, aquilo que no fundo
eu nunca desejei.